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Entenda fala do vice da CBF, Ricardo Gluck, que está repercutindo nos clubes brasileiros

Declaração forte chama atenção para o caos financeiro

Durante o Fórum Sustentabilidade em Campo, realizado nesta segunda-feira (4), em São Paulo, o vice-presidente da CBF, Ricardo Gluck Paul, lançou um alerta incisivo sobre a situação econômica dos clubes brasileiros. Em tom crítico, ele afirmou: “O navio bateu no iceberg e está afundando”, ao defender a implantação urgente de um sistema de controle financeiro no futebol nacional.

Entenda fala do vice da CBF, Ricardo Gluck, que está repercutindo nos clubes brasileiros (Reprodução/Instagram)
Entenda fala do vice da CBF, Ricardo Gluck, que está repercutindo nos clubes brasileiros (Reprodução/Instagram)

Segundo Gluck Paul, o debate sobre fair play financeiro não é novo. Em 2019, já se discutia a necessidade de um modelo que controlasse os gastos dos clubes. No entanto, as medidas não saíram do papel. “Naquela época, enxergávamos o Titanic em rota de colisão. E mesmo assim, nada foi feito”, disse o dirigente ao relembrar o descaso com o tema.

Comissão quer plano pronto em 90 dias

Ricardo também preside a federação paraense de futebol e lidera uma comissão mista que reúne representantes das federações estaduais e de 33 clubes — incluindo os 20 da Série A e 13 da Série B. A missão do grupo é apresentar, em até 90 dias, um relatório detalhado com o modelo de fair play que a CBF espera colocar em prática a partir de 2026.

“A ideia é montar um plano com etapas bem definidas. Não se trata de mudar tudo de uma vez e criar um novo colapso. A transição precisa ser equilibrada e eficaz”, ressaltou o dirigente, ao defender uma implantação gradual, com fases estruturadas.

A fala de Gluck Paul também refletiu a mudança de postura da entidade máxima do futebol brasileiro. Em vez de ignorar os sinais, a CBF agora pretende agir. “Tem quem prefira seguir tocando música enquanto o navio afunda. Nós escolhemos jogar a boia e tentar salvar o que for possível”, afirmou ele, fazendo alusão à famosa tragédia do Titanic.

O dirigente acrescentou que o novo sistema precisa unir responsabilidade e efetividade. “Queremos algo que funcione na prática, que traga mudanças reais, mas que também seja viável de executar. Sem isso, a implosão do futebol brasileiro pode se tornar irreversível”, alertou.

Discussão mobiliza clubes e bastidores

Nos bastidores, a fala repercutiu fortemente entre dirigentes e analistas do setor esportivo. O tom de urgência usado por Gluck Paul revela que, desta vez, o debate pode realmente resultar em ação concreta. A expectativa agora é de que os clubes se alinhem às diretrizes que serão propostas pelo grupo de trabalho.

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Apesar do clima de incerteza, a CBF aposta na cooperação institucional para construir um novo modelo de sustentabilidade. O futebol brasileiro, enfim, parece disposto a encarar seus próprios fantasmas financeiros, mesmo que tardiamente.

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