
Os negócios que mudaram o patamar do Leão
Nas últimas temporadas, o Mirassol acumulou lucros importantes que ajudaram a transformar a infraestrutura e elevar o patamar do projeto esportivo. De Luiz Araújo a Danilo Boza, o clube mostrou que sabe negociar com expertise.
Luiz Araújo
Revelado nas categorias de base, o atacante se transferiu ao São Paulo ainda jovem. A virada veio em 2017, quando o Tricolor vendeu o jogador ao Lille-FRA por €10,5 milhões. O clube ficou com 20% dos direitos, faturou cerca de R$7,8 milhões — verba que foi decisiva para a construção do moderno Centro de Treinamento do clube.
Henrique Dourado
Mesmo sem atuar oficialmente pelo Leão, foi um trunfo financeiro. O Leão manteve 50% dos direitos econômicos e lucrou R$4 milhões quando o atacante foi vendido pelo Fluminense ao Flamengo por R$11,5 milhões. Um exemplo claro de inteligência de mercado.
Fabrício Daniel
Atacante que brilhou com a camisa do clube do interior em 2020, foi negociado com o Coritiba em 2022 por R$2 milhões. A transação, menor que as anteriores, ainda assim reforçou o caixa do clube e a eficiência do modelo adotado.
Novos talentos, novas cifras
Felipe Micael
Destaque na Copinha, o jovem atacante foi vendido ao Beerschot, da Bélgica, em 2020 por cerca de R$2 milhões. A venda reforçou a importância das categorias de base como principal ativo do clube.
Gabriel Tota
Meia do sub-20, transferido ao Juventude em 2022. O Leão manteve 50% dos direitos visando faturar em futuras movimentações. Visão de médio e longo prazo aplicada com consistência.

Danilo Boza, jogador do Mirassol comemora seu gol durante partida contra o Portuguesa no estadio Luso Brasileiro pelo campeonato Brasileiro D 2020. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Danilo Boza
Zagueiro revelado pelo Mirassol e emprestado ao Santos em 2021, onde foi efetivado posteriormente. Mesmo sem valores revelados, a negociação também rendeu recursos ao clube.
Investimento que volta em campo
Todo esse dinheiro não ficou parado. O Mirassol reinvestiu os lucros em infraestrutura. O Centro de Treinamento, que custou R$15 milhões, conta com quatro campos, academia, alojamento e estrutura comparável aos grandes do Brasil. O reflexo está no desempenho: o clube subiu à elite nacional em 2025, justamente no ano do seu centenário.
Mais que revelar talentos, o time paulista construiu um modelo sustentável. O futebol do interior, antes coadjuvante, agora desafia gigantes — com bola no pé e inteligência no cofre.
Próximo capítulo: de olho no Corinthians
No sábado, 10 de maio, o Leão volta a campo para encarar o Corinthians, às 18h30, no Estádio José Maria de Campos Maia. A expectativa é de casa cheia e mais um passo importante nesta nova fase do clube.

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